quinta-feira, 22 de outubro de 2009

PETROBRAS FARÁ ATÉ ILHA ARTIFICIAL PARA EXPLORAR O PRÉ-SAL

A exploração e produção do pré-sal vai exigir uma revolução logística da Petrobras. Os principais campos da empresa, atualmente na Bacia de Campos, estão localizados a uma distância entre 120 e 150 quilômetros da costa, e os poços de exploração do pré-sal estarão, em geral, a uma distância ente 200 e 300 quilômetros. Por isso, serão necessários novos investimentos em infraestrutura para que a operação no mar tenha o máximo de autonomia possível.


"Estamos diante de circunstâncias totalmente diferentes das conhecidas", diz o gerente-geral da unidade de serviços de transporte e armazenagem do setor de Exploração e Produção da Petrobras, Ricardo Albuquerque. "Como os campos são gigantes e distantes, isso leva a um planejamento distinto daquele já conhecido."


Apesar das muitas incertezas, há dados preliminares suficientes para planejar. Já está definido, por exemplo, que a estratégia envolverá o modelo de "hub" (termo em inglês que significa ponto de conexão) para três itens específicos.


Um é a adaptação do que já ocorre na Bacia de Campos, para a distribuição de óleo diesel às unidades marítimas da Petrobras. Atualmente, os navios-tanque ficam atracados em zona próxima às diferentes plataformas alimentando, "no varejo", as necessidades do óleo combustível de cada unidade, explica Albuquerque. A ideia do "hub" de diesel nasceu dentro da Petrobras especificamente para a Bacia de Campos e hoje já são três os navios-tanque na região. A empresa entendeu que a concepção de "hub" adotada no caso do óleo diesel será usada no pré-sal de forma ampliada. Isso leva aos dois outros itens, que são os fluidos químicos e passageiros.


Na perfuração e produção dos poços, são necessários fluidos específicos para se manter a produtividade dos poços. São elementos que resultam da operação e que devem ser processados quimicamente e reinseridos nos poços. Hoje, isso é feito no continente, mas a ideia da Petrobras é adaptar um navio-tanque com os elementos necessários a essa operação.


O desafio tecnológico para isso é grande, pois se trata de uma infraestrutura que nunca foi levada ao mar. Roberto Ramos, da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), acha que a solução pode ser a construção de uma plataforma fixa para operar os fluidos, porque são necessários equipamentos de compressão complexos e torres acima de 60 metros.


É no sistema de transporte de passageiros, porém, que a Petrobras prepara a grande novidade logística para o pré-sal. Hoje, apenas na Bacia de Campos, a empresa transporta 10 mil passageiros por mês (ou 20 mil, contando ida e volta). No Sul e Sudeste, o transporte chega a quase 60 mil passageiros por mês. A ampliação e construção de bases aeroportuárias já está nos planos. No entanto, para o pré-sal está planejado também um ponto de interconexão no meio do mar.


Para baratear esse transporte, a estratégia é a criação de unidades marítimas que servirão como estações intermediárias. Será um meio de caminho onde os passageiros chegam por meio de uma lancha ultrarrápida para, de lá, pegar helicópteros de médio porte rumo ao seu destino final. No entanto, esse projeto também carrega diversos desafios tecnológicos.


O primeiro refere-se a manutenção dos helicópteros, explica Albuquerque. É mais eficiente fazê-la em terra e à noite. Portanto, eles teriam de ser trazidos de volta ao continente diariamente. Na primeira e na última viagem do dia, portanto, seria possível que alguns passageiros não tivessem de passar pelo "hub" de transbordo marítimo - que poderá ser mais de um, dependendo do ritmo de exploração e da distância entre os poços.


A dificuldade maior é fazer essa viagem agradável ao passageiro, de forma que ele mantenha sua capacidade de trabalho ao chegar ao destino final. Para isso, a Petrobras encomendou à americana Lockheed Martin um modelo de lancha específico para as suas necessidades, com espaço para 150 pessoas. A empresa já fornece embarcações similares para empresas que exploram campos no golfo do México, no território americano. O projeto já vem sendo desenvolvido pela empresa para a Petrobras por mais de dois anos, para a Bacia de Campos. Agora terá que ser adaptado para o pré-sal.


Segundo Albuquerque, é relativamente fácil ter uma lancha rápida com pouca movimentação, para evitar enjoo dos passageiros, mas a grande dificuldade é montar uma estrutura no mar em que, parada, a lancha não balance demais e seja firme e grande o suficiente para os helipontos. É ainda necessário que ela torne rápida a mudança de meio de transporte. Essa estrutura flutuante, com nome técnico de "gangway", é chamada pelos funcionários da estatal de "ilha artificial".


Um modelo que vem sendo desenvolvido confidencialmente por uma empresa tem uma forma similar à de uma rampa, com uma escada articulada - como aquelas de caminhões de bombeiros. "São vários modelos de 'gangways', mas todos os existentes mostram dificuldades principalmente em dois pontos: segurança e agilidade no transbordo", explica Albuquerque. Por isso, a necessidade de desenvolvimento específico. A empresa também planeja que a "ilha artificial" possa servir como escala ou mesmo permanência por um tempo de passageiros que trabalhem em diferentes plataformas.


Apesar da inovação, Albuquerque diz que não se tratam de projetos suntuosos financeiramente. "A simplicidade é o destaque e a meta é reduzir custos." No caso dos navios-tanque de diesel a solução foi simples e barata, porque foram adaptados navios ociosos da Transpetro. A lancha não será mais cara que a média das 165 embarcações que a Petrobras já possui.


EMPRESAS AÉREAS QUEREM INFORMAÇÕES SOBRE LICITAÇÕES


A demanda da Petrobras por helicópteros nos próximos anos já empolga o setor, mas, entre as empresas que fornecem aeronaves para a empresa, são grandes as incertezas quanto ao futuro. A maior crítica das companhias de táxi aéreo se refere à falta de informações quanto ao volume e o ritmo de contratações futuras, principalmente para o pré-sal, que, pelas longas distâncias, podem exigir grandes investimentos.


Atualmente, a Petrobras é a maior cliente das companhias do setor, com contratos para cerca de 60 aeronaves, que voam um total de 95 mil horas por ano. A estatal tem contratos para voos com sete empresas: Aeróleo, BHS, Castle Air, Helívia, Líder, Omni e Senior.


A Petrobras tem uma licitação aberta para o aluguel de helicópteros médios (até 12 passageiros) e outra para grandes (até 18 passageiros). Porém, os editais não dizem quantas serão as aeronaves contratadas, nem quando se encerra o período de escolha. Um contrato para uso de helicóptero grande pode chegar a US$ 1 milhão por mês. Dez contratos de cinco anos podem significar algo como US$ 600 milhões.


"Elas têm razão em reclamar", reconhece o gerente-geral da unidade de serviços de transporte do setor de Exploração e Produção da Petrobras, Ricardo Albuquerque. A Petrobras tem atualmente um programa claro de compra de 146 embarcações nos próximos anos. "Precisamos fazer o mesmo com os helicópteros", diz ele. As empresas precisam ter previsões claras para reservar os helicópteros com as fabricantes e preparar-se financeiramente, diz. O próprio uso dos "hubs" de passageiros no mar era uma incerteza entre as empresas de taxi aéreo.


"A falta de informação é uma angústia do setor, porque são investimentos de longo prazo", afirma Eduardo Vaz, diretor-presidente da Líder Taxi Aereo. "Comprar aeronaves agora é um jogo especulativo, porque não temos informações para nos preparar para futuras licitações."


Albuquerque diz que a direção da Petrobras está avaliando por esses dias sua demanda futura e pode divulgar ao mercado, na sexta-feira, quantos serão os helicópteros contratados.
Fonte : Valor Econômico
Data : 05/10/2009

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Estrutura curricular do Curso de Engenharia de Petróleo e Gás

O Curso de Engenharia de Petróleo tem a duração convencional de 5 anos. O aluno para se formar deve cursar 4005 horas em disciplinas e 445 horas em requisitos curriculares complementares, no mínimo, assim distribuídas:

· Disciplinas obrigatórias: 3645 horas
· Disciplinas complementares de escolha condicionada (mínimo de 240 horas)
· Disciplinas complementares de livre escolha (mínimo de 120 horas)
· Requisito curricular suplementar "Estudo Geológico de Campo" (60 horas)
· Requisito curricular suplementar "Projeto Multidisciplinar" (45 horas)
· Requisito curricular suplementar "Projeto de Graduação" (180 horas).
· Requisito curricular suplementar "Estágio Supervisionado" (160 horas)

As disciplinas obrigatórias compreendem as matérias de formação básica (matemática, física, química, informática) que são essencialmente as mesmas que a Escola de Engenharia já ministra aos demais cursos de Engenharia; matérias de formação geral (metodologia científica, ciências sócias, econômicas e da administração e ciências do ambiente) neste caso com um conjunto ampliado em relação aos cursos atuais; além de disciplinas de formação específica da engenharia de petróleo.

As disciplinas de escolha condicionada e as disciplinas de escolha livre permitem ao aluno adequar o curso às suas peculiaridades particulares. No conjunto de disciplinas condicionadas são oferecidas disciplinas que ampliam o curso de engenharia de petróleo no sentido de um curso de engenharia da energia, ou que ampliem as habilidades técnicas e / ou gerenciais dos alunos.

Os requisitos curriculares suplementares têm o objetivo de permitir ao aluno integrar os diversos conhecimentos adquiridos nas diferentes disciplinas aplicando-os na solução de problemas reais (ou bastante próximos da realidade) e procurando resolvê-los em equipe e gerando uma documentação técnica adequada



Disciplinas Obrigatórias


As matérias obrigatórias são divididas em 3 grupos:

· Matérias de Formação Básica
· Matérias de Formação Geral
· Matérias de Formação Profissional


Matérias de Formação Básica

1. Matemática

1.1. Cálculo Diferencial e Integral I


Sequências. Limites. Continuidade. cálculo e aplicação das derivadas. A integral definida. Função inversa. Técnicas de Integração: integração por partes e Integração por substituição simples e trigonométricas.

1.2. Cálculo Diferencial e Integral II

Equações diferenciais Ordinárias de 1º ordem e Equações Diferenciais de 2º ordem com coeficientes constantes: curvas e Vetores no Plano. Vetores no Espaço Tridimensional e Geometria Analítica Sólida: retas e Planos, Cilindros e Superfícies de resolução, Superfícies Quádricas: Regras da cadeia, Curvas de Nível, Derivadas Direcionais e Gradiente; Plano Tangente e Reta Normal e Superfície. Superfície de Nível. Máximos e Mínimos e Multiplicadores de Lagrange.

1.3. Cálculo Diferencial e Integral III


Definição de Integrais Duplas e Integrais Triplas. jacobiano em R2 e R3. Mudança de Variável na Integral Dupla e na Integral Tripla. Integral de Linha de Plano: teorema de Green e Campos Conservativos. Parametrização de curvas no R3. Integral de Linha no Espaço. Integrais de Superfície. Teorema de Gauss. Teorema de Stokes e Independência do caminho.

1.4. Cálculo Diferencial e Integral IV

Série de Potências. Resoluções de Equações Diferenciais Lineares Ordinárias de 2º ordem com Coeficientes Variáveis: 1) Soluções por série próximo a um Ponto Ordinário; 1.1) Soluções por Série Próximo a um Ponto Regular (Método de Froebenius). Transformada de Laplace. Séries de Fourier. Problemas de Valores de Contorno e Teoria de Sturm-Liouville. Equações Diferenciais Parciais Clássicas: 1)Onda; 1.1) Calor; 1.1.1) Laplace; Dirichlet no retângulo e Ririchlet no círculo.

1.5. Álgebra Linear II

Geometria dos espaços vetoriais de dimensão finita. Transformações Lineares. Matrizes e Determinantes. Produto Escalar. Produto vetorial e aplicações á Geometria Euclidiana.

1.6. Cálculo Numérico

Aritmética de Ponto Flutuante, Erros, zeros de funções, Resolução de Sistemas Lineares, Interpolação, Integração Numérica e Soluções Numéricas de Equações Diferenciais Ordinárias.

1.7. Probabilidade e Estatística

Teoria das probabilidades. Distribuição discretas e contínuas. Correlação e regressão. Estimação. Testes de Hipóteses. Técnicas de amostragem.

1.8. Estatística Aplicada I


Conceitos básicos: Variável aleatória, esperança matemática e variância aleatória (discreta e contínua). Distribuições normal e Poisson. Distribuição amostral: média, diferença de média, proporção, variância e razão entre duas ou mais médias, variância e razão entre duas variâncias. Teste de aderência. teste de associação entre variáveis qualitativas (destruição qui-quadrada).



2. Física

2.1. Física I – A


Introdução. Vetores. velocidades e Aceleração Vetoriais. Os princípios da dinâmica. Aplicação das Leis de Newton. Trabalho e Energia Mecânica. Conservação da Energia. Momento Linear e Conservação do Momento Linear. Colisões. Rotação e Momento Angular. Dinâmica de corpos rígidos. Força que varia inversamente ao quadrado da distância. (gravitação).

2.2. Física II – A


Oscilações. Oscilações amortecidas e forçadas. Ondas. Som. Fluídos. Temperatura. Calos – 1º Lei da Termodinâmica. Propriedades dos gases. A 2º :Lei da Termodinâmica. Teoria Cinética dos gases. Transferência de calor e massa.

2.3. Física III – A

Lei de Coulomb. Campos Elétricos. Lei de Gauss. Potencial Elétrico. Capacitores. Correntes e Circuitos. Campo Magnético. Leis de Ampére e Biot. Javart. Lei de Farady. Indutância. Corrente de deslocamento. Equações de Maxwell.

2.4. Física IV – A

Ondas eletromagnéticas. Energia e Momento da Luz. Noções de Relatividade Restrita. Fenômenos de Interferência. Direção. Polarização. Física Moderna, Efeitos Fotoelétricos e Compton. Átomo de H. Direção de Elétrons. Função de Onda. Equação de Schriedinger. Principio de incerteza.

2.5. Física Experimental I – A

Introdução ao Laboratório. Cinemática da partícula. Dinâmica da partícula. Princípios de conservação. Choque.

2.6. Física Experimental II – A

Dinâmica das Rotações. Movimento Oscilatório. Calorimetria.

2.7. Física Experimental III – A

Instrumentos de medidas elétricas. Resistores. Capacitores. Tensões e Correntes Alternadas. Campos Magnéticos Estáticos.

2.8. Física Experimental IV – A


Indução Eletromagnética Oscilações Eletromagnéticas, Conservação de Energia. – Semicondutores –Ótica.



3. Química

3.1. Fundamentos de Química Orgânica e Química do Petróleo

Estrutura atômica. Estrutura molecular. Química do carbono. Estrutura do metano. Alcanos, alquenos e hidrocarbonetos aromáticos. Forças intermoleculares. Movimento das moléculas. Propriedades físicas. Fases e mudança de fases. Fases complexas (micelas). Classificação dos óleos crus. Frações de destilação do petróleo e principais usos. Visão geral da indústria do petróleo e petroquímica.

4. Informática

4.1. Programação de Computadores I


Computadores e ambientes de programação. Algoritmos. A linguagem PASCAL. Estrutura de um programa. Tipos de variáveis. Comandos de atribuição, entrada, saída. Operadores e expressões. Comandos condicionais e de repetição. Funções e procedimentos. Estruturas de dados em PASCAL. Manipulação de caracteres e textos. Solução de problemas diversos em Pascal.

4.2. Programação de Computadores II

Recursos avançados da Pascal: registros, conjuntos, apontadores e arquivos. Estruturas de dados mais comuns: matriz, listas, pilhas e árvores. Atualização, busca e ordenação em arquivo sequênciais e indexados. Técnicas para decomposição de problemas em módulos e sua implementação em computador. Baktracking e recursão. Processamento de textos. Resolução de problemas diversos utilizando as técnicas acima.



5. Expressão Gráfica

5.1. Desenho de Engenharia,


Vistas ortográficas. Cortes e seções. Perspectivas. Normas para desenho. Dimensionamento . Desenho de elementos de ligação. Desenho de edificações. Desenho de estruturas. Desenho de tubulações. Desenho de instalações elétricas. Computação Gráfica.



6. Eletricidade

6.1. Eletricidade Básica


Conceitos Básicos. Circuitos de corrente alternada monofásicos. Circuitos trifásicos equilibrados. Circuitos magnéticos. Transformadores. Máquinas rotativas. Máquinas síncronas. Motores de indução trifásicos. Motores de indução monofásicos. Máquinas de corrente contínua. Seleção de motores. Retificadores a estado sólido.



7. Formação Básica em Engenharia

7.1. Termodinâmica

1) Conceitos básicos e definições., 2) Temperatura, Equilíbrio térmico, 3) Gás ideal, Escalas termométricas: Celsius e Kelvin; 4) Energia, Trabalho e Calor; 5) A primeira lei da Termodinâmica, aplicações: sistemas fechados e abertos; 6) Comportamento termodinâmico de uma substância simples; 7) Entropia e a segunda lei da termodinâmica; 8) Disponibilidade e Irreversibilidade. Energia; 9) Ciclos termodinâmicos fundamentais. Análise de desempenho. 10) Relações termodinâmicas.

7.2. Mecânica I

Estática : Redução de sistemas de forças, equilíbrio, estruturas, centro de massa, atrito. Cinemática : Movimento de partículas e corpos rígidos. Dinâmica : Dinâmica de partículas e corpos rígidos.

7.3. Mecânica Dos Fluidos

Caracterização dos fluidos: propriedades físicas relevantes e modelos geológicos. Estática dos fluidos: equação fundamental e manométrica. Cinemática dos fluidos: equação da continuidade. Dinâmica dos fluidos: equações do movimento e da energia mecânica. Análise dimensional e similaridade. Equação da energia mecânica para fluidos reais: perda de carga e seleção de bombas. Análise de camada limite. Arraste viscoso e de forma.

7.4. Resistência dos Materiais

Conceitos de tensão e deformação. Tração, compressão e cisalhamento. Estado plano de tensões e de deformações. Flexão pura, simples e composta. Torção. Cálculo de deslocamento em vigas. Noções de hiperestática. Noções de flambagem. Energia de deformação.

7.5. Princípios e Ciências dos Materiais


Propriedades dos materiais. Estruturas dos materiais. Diagramas de fases. Aços, Ligas não-ferrosas, cerâmicos e polímeros. tratamentos térmicos. Corrosão. Soldagem.



Matérias de Formação Geral

1. Evolução da Ciência


Pequena introdução a história da ciência: a antiguidade, Arquimedes, Aristóteles e as cosmologias. Copérnico, Giordano Bruno, Galileu, Kleper e a revolução científica do séc. XVII. Newton e Leibniz. A mecânica e a matemática. O método científico. A revolução industrial e a revolução política do século XVIII. Os modelos de engenharia. O impacto da revolução industrial. A seg revolução industrial, a urbanização e a consolidação da ideologia da racionalidade científica. A tecnologia como valor supremo da sociedade industrial. As crises econômicas do século XX. A importância do domínio tecnológico em face da formação de vínculos econômicos globais. O mercado mundial. As perspectivas para o futuro.

2. Introdução a Economia

Evolução da Ciência Econômica. Diferente Escolas de Pensamento: fase pré-científica; do Mercantilismo às escolas modernas. Conceituação: problemas econômicas e necessidades humana. Trocas diretas e indiretas: fluxo circular da economia. Governo: suas funções econômicas. Empresas privadas: forma jurídica e, financiamento. Contabilidade social: medida dos agregados. Estudos dos agregados: a concepção Keynesiana. Moeda: diferentes instituições financeiras, bancos comerciais. Política monetária e política fiscal: monetaristas e keynesianos. Setor externo: balanço de pagamentos. Noções de microeconomia: mercado e preços. O consumidor: procura e utilidade. Produção e custo. Visão alternativa dos custos. Estrutura de mercado.

3. Análise e Produção Textual

Trabalhos de trans-codificação do visual para a escrita e dos escritos para o visual, estático ou cinético. Exame de textos críticos sobre literatura, cinema, imagens, etc.

4. Economia da Engenharia

Conceitos iniciais: juros, taxas e formas de capitalização. Cálculo dos juros: regimes simples, composto e contínuo. Equivalência de capitais: valor atual e taxa de retorno (método de cálculo). Série de pagamentos e fatores de juros compostos. Amortização de empréstimos: sistemas price, sac e correção monetária. Fluxo de caixa: investimentos: “play-back”, valor atual, taxa de retorno e custo anual.

5. Contabilidade Gerencial

Introdução à Contabilidade, com enfoque para a Contabilidade Gerencial. Principios contábeis geralmente aceitos. Sistemática contábil. Regimes de Contabilidade. Principais demonstrações financeiras: Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício. Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido. Demonstração do Fluxo de Caixa e Demonstração de Origens e Aplicações re Recurso. Escrituração. Razonetes em “T”. Balancete.

6. Controle de Qualidade


Gerenciamento da qualidade total. Auditoria e qualidade. Ferramentas de qualidade. Custos de qualidade.

7. Introdução à Engenharia do Petróleo

História e economia do petróleo. Como a Terra foi formada. Origens do Petróleo e sua Acumulação. As atividades da indústria: exploração, performance e desenvolvimento de reservatórios, perfuração e completação de poços, avaliação de formações, elevação natural e artificial, processamento, transporte, distribuição. Sistemas de Produção de petróleo. Contratos e Regulamentação. Noções de ética e profissionalismo.



Matérias de Formação Profissional

Geologia

1. Geologia para Engenheiros


Fornecer noções básicas sobre os princípios fundamentais e históricos da Geologia; estrutura e constituição da Terra; conceito de mineral e rocha; Geologia Estrutural (falhas e dobras); Teoria da Tectônica de Placas; processos endógenos (plutonismo e metamorfismo) e exógenos (vulcanismo, intemperismo e sedimentação); Tempo Geológico; uso dos fósseis na Geologia (noções de Paleontologia); e evolução da crosta terrestre (Geologia Histórica).

2. Introdução a Mecânica das Rochas

Noções básicas, histórico e campos de aplicação da mecânica das rochas. Descrição dos maciços rochosos. A mecânica das rochas na engenharia de petróleo.

3. Análise de Bacias Sedimentares

Fornecer noções de Sedimentologia (origem e propriedades dos sedimentos e rochas sedimentares, processos sedimentares, conceito de fácies sedimentar e caracterização de paleoambientes de sedimentação), Estratigrafia (princípios, conceitos gerais, unidades estratigráficas formais e genéticas, e mapas estratigráficos); métodos de investigação de superfície (mapeamento e levantamento aerogeofisico) e subsuperfície (testemunhos, sísmica de reflexão e perfis geofísicos de poço); tectônica formadora (origem) e deformadora e classificação de bacias; bacias sedimentares brasileiras.

4. Geologia Marinha

Fornecer noção sobre a estrutura e constituição geológica das margens continentais, em especial a brasileira, onde se concentram as mais importantes reservas petrolíferas nacionais; geofísica e geoquímica marinhas; métodos de investigação direta (box-corer, piston-corer etc.) e indireta (sísmica, SSS, ecobatímetro etc.); Geotectônica e evolução do oceano Atlântico Sul.

5. Geologia do Petróleo

Fornecer os conceitos básicos sobre os sistemas petrolíferos, técnicas exploratórias e métodos de Geologia de Desenvolvimento e de Reservatórios; origem, composição e localização das jazidas petrolíferas; processos de geração, migração e acumulação; trapas estratigráficas e estruturais; Geofísicos de Exploração (sísmica de reflexão); noções básicas de perfuração de poços; teste de formação; caracterização de reservatórios

6. Estudo Geológico de Campo

Reconhecimento in loco da história de preenchimento e de deformação de uma bacia sedimentar (sugere-se a Bacia do Recôncavo, BA), incluindo a identificação de fácies sedimentares, descrição de afloramentos (perfis estratigráficos, rochas, estruturas etc.), interpretação de paleoambientes de sedimentação, reconhecimento de unidades estratigráficas; leitura e interpretação de mapas geológicos; uso de equipamento geológico de campo (bússola, GPS etc.); descrição de testemunhos e calibração com dados geofísicos de poços.

7. Introdução a Modelagem de Bacias Sedimentares

Descrição dos fenômenos e processos naturais básicos envolvidos na formação, evolução e controle de jazidas de hidrocarbonetos nas bacias sedimentares:geração, migração e acumulação. Introdução a modelagem matemática e computacional destes fenômenos e processos naturais.



Engenharia de Reservatórios

1. Engenharia de Reservatórios


As relações entre geologia, propriedades básicas da rocha reservatório, fluxo em meios porosos; classificação dos reservatórios de petróleo. Balanço de materiais, análise de reservatórios, deslocamento de fluídos, manutenção de pressão, recuperação primária e métodos avançados de recuperação. Introdução a modelagem e simulação de reservatórios. Introdução aos princípios de estimação / classificação de reservas.

2. Avaliação de Formações

Teoria, medição e avaliação de Perfis de poços. Testemunhagem e Análise de testemunhos. Monitoramento de reservatórios e perfis de Produção. Testes de formação. Testes de pressão e de fluxo. Testes a poço aberto e testes de poços revestidos

3. Simulação. e Modelagem de Reservatórios

Modelo físico e matemático de reservatórios. Modelo Numérico: sistemas de equações, formas de discretização, definição da malha. Modelo Computacional. Simulação: Ajuste de histórico, previsão de produção, análise de alternativas. Simuladores Comerciais.

4. Métodos Especiais de Recuperação

Apresentar aos alunos os métodos avançados de recuperação de petróleo: Métodos Químicos, Métodos Térmicos: Combustão, Injeção de Vapor

5. Gerenciamento e Monitoração de Reservatórios


Aplicação dos conceitos aprendidos nas demais disciplinas de Engenharia de Reservatórios (bem como nas demais áreas), a um estudo de caso completo.



Engenharia de Poço

1. Perfuração


Elementos de mecânica das rochas, fluídos de perfuração. Projeto do poço: perfuração, cimentação e revestimentos, coluna de produção. Controle de blowout. Perfis para perfuração de poços. Gerenciamento do processo de perfuração

2. Completação

Projeto do poço: coluna de produção. Canhoneio. Dano de formação, técnicas de estimulação. Fraturamento hidráulico. Controle de areia. Perfilagem de produção.

3. Fluidos de Perfuração e Completação

Classificação, viscosidade aparente, equações constitutivas, medidas de propriedades reológicas, perda de pressão em escoamentos laminares completamente desenvolvidos para fluidos independentes do tempo. Perda de carga em escoamentos turbulentos completamente desenvolvidos. Fluidos viscoelásticos.



Tecnologia Offshore

1. Plataformas Oceânicas I


Revisão Probabilidade e Estatística, Oceanografia Básica, Ondas de projeto, Mecânica das Ondas: Teoria Linear de Airy, Hidrodinâmica básica: difração e Morison.

2. Plataformas Oceânicas II

Concepções de plataformas,Conceitos de Sistemas de Posicionamento Dinâmico Dinâmica de 1 GL, Dinâmica de Plataformas: RAOs, Conceitos básicos do projeto estrutural: condições extremas e fadiga, Introdução à confiabilidade estrutural

3. Comportamento Estrutural de Sistemas Oceânicos

Noções básicas sobre a análise estrutural de: risers, linhas de ancoragem (amarras, cabos de aço, poliéster), dutos (pipelines), casco de navios e de plataformas do tipo TLP e Semi-submersíveis, jaquetas.

4. Sistemas Submarinos

Descrição dos equipamentos submarinos empregados na produção e perfuração de poços de petróleo, Métodos de instalação, Inspeção e reparo submarino.

5. Materiais em Engenharia de Petróleo



Processo de Produção

1. Tecnologia de Refino de Petróleo e Processamento de Gás Natural


Petróleo e Gás Natural como principais fontes de matéria-prima: Histórico, A matriz energética brasileira, A matriz energética internacional, Principais derivados; Gás Natural: Ocorrências, Caraterização. Definição, Produção, Processamento (UPGN), Aplicações e derivados; Petróleo: Ocorrências, Caracterização. Definição, Processamento, Processos de separação, Processos de conversão, Processos de tratamento, Processos auxiliares.

2. Processamento de Petróleo

Termodinâmica aplicada. Balanço de Materiais. Processo de vaporização e equilíbrio flash. Transporte e medição de fluxo de líquidos e gases. Fluxo em tubulações. Projeto de tubulações e de redes de tubulações. Análise e Projeto de bombas. Processos e equipamentos de transferência de calor. Separação óleo-gás: processos e equipamentos. Sistemas de tratamento e dessalgação de óleo.

3. Instalações de Produção de Petróleo

Sistemas de produção de petróleo: terrestres e no mar. Projeto de facilidades de produção. Tratamento de água. Facilidades de produção: energia elétrica, ar comprimido, sistemas hidráulicos. Sistemas de medição, instrumentação e controle. Válvulas, Sistemas de segurança. Linhas de fluxo e manifolds.

4. Instrumentação e Automação Industrial de Processos

Instrumentação para controle e automação de processos. Caracterização de instrumentos de medida, controle e atuação. Elementos sensores, transdutores e transmissores de sinais de variáveis de processo. Válvula de controle, características inerentes e instaladas. Controladores simples e multimalhas. Controladores programáveis. Projeto de sistemas digitais de monitoração e supervisão. Sistemas de controle multivariáveis. Aplicações simuladas de sistemas de controle e automação a processos e operações unitárias da indústria química.

5. Escoamento Multifásico

Fluxo em tubulações e formações, incluindo fluxo mono e multifásico. Elevação natural de Petróleo.

6. Métodos de Elevação Artificial

Métodos de Elevação artificial: gas lift, bombeio elétrico submerso, bombeio hidráulico.

7. Engenharia do Gás Natural

Origem e composição do Gás Natural. Reservatórios de Gás Natural: determinação de volumes, comportamento de fases, balanço de materiais. Perfilagem. Análise de Produção. Processamento do Gás Natural: separação de fases, desidratação, compressão , transporte e armazenagem. Redes de gás natural. Usos e aplicações do gás natural.

8. Gerência de Operações E&P

Decisões de Operações: Formas de organização, Tipos de Relacionamentos, Gestão de Pessoas, Segurança Industrial e Ambiental, Mercado e Preços. Decisões de Investimento: o ponto de vista dos acionistas, investimentos em exploração, desenvolvimento e operação. Controles: sistemas de gestão, relatórios de reservas, produção, pesquisa e desenvolvimento. Orçamentos. Auditorias.



Economia do Petróleo

1. Avaliação Econômica de Projetos de óleo e gás


Avaliação econômica de projetos de óleo e gás sob condições de certeza e incerteza. Valor do dinheiro no tempo, suposições de taxa de desconto, medidas de lucratividade de projetos, custos, taxações; Análise de decisões: árvores de decisão, análise bayesiana, valor da informação; Análise de risco: simulação de fluxo de caixa por Monte Carlo, Funções de Utilidade, Equivalente Certo.

2. Economia do Petróleo

Energia, crescimento e sociedade, Balanço Energético Nacional, geopolítica da energia, história econômica do setor de hidrocarbonetos, evolução dos sistemas tecnológicos de E & P, a crise do petróleo, o contra-choque petrolífero, estratégias de empresa e políticas de governo para o setor, competição na indústria do petróleo e regulação na indústria de gás natural. Comércio do petróleo e do gás natural; OPEP, mercado SPOT e futuro. Concessões, licenças, parcerias, joint ventures.

3. Regulamentação e legislação de petróleo

Apresentar e analisar o arcabouço legal e regulatório que governa o processo de abertura do setor petróleo no Brasil, bem como estudar o regime de concessão em comparação com outros tipos de regimes de exploração e produção de petróleo praticados no mundo. Além disso, serão apresentados e discutidos modelos de contratos de parcerias no segmento upstream, considerando, particularmente, a experiência da Petrobras.



Meio Ambiente

1. Engenharia do Meio Ambiente


O meio ambiente. A terra e a biosfera. Água e ciclos de materiais . Impacto das atividades humanas no ambiente diagnóstico. Parâmetros de medida. Modelos e projeções. Resíduos. Aspectos econômicos. Legislação. Fiscalização. Ecodesenvolvimento.

2. Sistemas de Gestão Ambiental

Definições. Classificação dos ecossistemas. Fases da avaliação do impacto ambiental e sua inserção no planejamento. Métodos: cartográficos, check-lists, matriciais, redes, batelle, avaliação e gerenciamento do risco tecnológico. Sistema Nacional de Meio Ambiente. Instrumentos da política ambiental brasileira. O estudo ambiental (EIA) e o relatório de impacto ambiental (RIMA) na legislação brasileira. Prática de elaboração de EIAs/RIMAs no Brasil: a ótica do executor, do empregador e dos órgãos públicos. Análise crítica da avaliação de impacto ambiental no Brasil.

3. Impacto Ambiental da Indústria do Petróleo

Introdução à análise comparativa dos impactos ambientais da cadeia de produção/uso das diversas fontes de energia. Conceitos e definições de meio ambiente, energia e risco tecnológico. Impactos ambientais da exploração, produção, refino, transporte, armazenamento e uso de petróleo, gás natural e seus derivados. Grandes problemas ambientais a nível internacional relacionados à produção e utilização de petróleo: poluição atmosférica urbana, chuvas ácidas, aumento do efeito estufa. Opções energéticas mundiais diante dos riscos ambientais globais. O caso Brasil. Prioridades de política ambiental para o Sistema Energético Brasileiro. Ao final do curso: teste de assimilação do conteúdo da disciplina e entrega de um trabalho escrito sobre o tópico selecionado dentre os temas estudados.

4. Engenharia do Trabalho

Segurança do trabalho. Fatores motivacionais. Ergonomia. Normas de segurança em ambientes industriais. Análise de postos de trabalho

5. Psicologia e Sociologia Industrial

História da disciplina e as novas abordagens exigidas pelo novo paradigma industrial. Princípios do gerenciamento da motivação e aprendizagem. Dinâmica de grupos, sinergia em equipes, estruturação das relações entre equipes. Os papeis dos Engenheiros de Produção no surgimento de uma nova cultura organizacional.

Disciplinas Complementares de Escolha (mínimo de 300 horas)

1.Filosofia da Ciência

2.História da Tecnologia

3.Humanidades e Ciências Sociais

4.Planejamento Energético

5.Conservação de Energia

6.Organização Industrial e Tecnologia na Industria do Petróleo

7.Gerência. da Inovação e Criação de Empresas de base tecnológica

8.Logística

9.Sistemas de Utilidades Industriais

10.Fontes Alternativas de Energia

11.Metrologia

12.Cogeração de Energia

13.Introdução à Propriedade. Industrial e à Transferência de Tecnologia

14.Normalização e Certificação de Qualidade

15.Gestão de Recursos Humanos

16.Programação e Controle da Produção

17.Gerência de Qualidade

18.Técnicas de CAD
Estrutura Curricular, retirado do site da UFRJ http://www.petroleo.ufrj.br/organi_curricular.html

Para o coordenador de Engenharia de Petróleo da UFRJ há vagas para todo mundo, mas é necessário ser especializado


Lauro Neto - Publicada em 29/09/2009 às 00h04m

RIO - Diante das estimativas do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás (Proninp) de que será preciso qualificar 285 mil profissionais para atuar no setor petrolífero nos próximos cinco anos, Alexandre Leiras, coordenador do curso de Engenharia de Petróleo da UFRJ, não hesita em dizer que há mercado para todo mundo, com uma ressalva.
A engenharia de petróleo ganhará importância e valorização, mas precisará de profissionais especializados para explorar o petróleo em camadas cada vez mais profundas, como a do pré-sal, que exigem materiais mais resistentes a altas pressões e sistemas de produção mais específicos - explica Leiras.
Para desenvolver tecnologias capazes de explorar o pré-sal, a UFRJ assinou um convênio na semana passada com a empresa petrolífera Schlumberger, que construirá um centro de pesquisas no campus da universidade. Com graduação, mestrado e doutorado em Engenharia Química pela UFRJ, com ênfase em petróleo e petroquímica, Leiras respondeu às melhores perguntas sobre a área enviadas pelos leitores ao site do GLOBO.


Existe alguma diferença significativa entre as engenharias Química e de Petróleo? (Gilson Agostinho Matos)

ALEXANDRE LEIRAS: São dois cursos completamente distintos. A Engenharia de Petróleo atua no desenvolvimento das acumulações de óleo e gás, nas partes de reservatórios, poços, exploração e produção, atividades chamadas ita upstream. O profissional é capacitado para conhecer e identificar onde o petróleo está, retirá-lo da terra, do mar ou da camada pré-sal. O engenheiro químico trabalha no processamento e no refino do petróleo, o chamado downstream.

Como está o mercado no setor? (Rafael Zuquim)

LEIRAS: O mercado está aquecido, procurando profissionais. Há vagas para todo mundo. Todos os alunos da primeira turma que se formou na UFRJ, no ano passado, estão empregados, e 100% dos meus alunos estão estagiando. Formados na UFF e na PUC-Rio também estão se inserindo no mercado. Em relação a estágio, é importante que as instituições de ensino procurem convênios com as empresas para mostrar que têm mão de obra para fornecer. Qualquer aluno que esteja fazendo um curso de Engenharia de Petróleo e não tiver oportunidades tem que cobrar da sua instituição.

Quais empresas oferecem oportunidades nessa área? (Wilson Potel)

LEIRAS: Algumas operadoras como Schlumberger, OGX, Shell, Chevron, Star Oil. Há entre dez e 15 empresas grandes e fortes, fora as novas que têm a necessidade de capacitar o seu corpo. São serviços do setor que têm como parceiros a Petrobras. Até 1997, ela monopolizava o mercado. Quando acabou o monopólio, várias outras empresas de fora vieram para o Brasil, abrindo oportunidades nesse campo para o engenheiro de petróleo. Depois, criou-se a ANP para regular o mercado e apareceram novos players, numa escala crescente de oportunidades.

Quais as perspectivas para atuação na exploração do pré-sal? (Adrião Filho)

LEIRAS: São as melhores possíveis. A partir do momento em que houve a descoberta de um novo campo com dimensões bem grandes em condições mais adversas de produção, o setor só tende a crescer cada vez mais nos próximos cinco anos. Vão ser necessários profissionais cada de vez mais especializados. Já há dez poços produzindo na camada pré-sal, sendo um, o de Tupi, com teste de longa duração para estimar a capacidade comercial real do poço. Há uma expectativa de aumento bem acentuado de oportunidades.

Como o mercado e a UFRJ estão se preparando para o pré-sal? (Fabio Barroso)

LEIRAS: Há novas plataformas da Petrobras em licitação que visam a sistemas de produção adequados. A Schlumberger assinou um convênio na semana passada com a UFRJ para instalar um centro de pesquisas no campus da instituição voltado especificamente para o desenvolvimento e implementação de tecnologias para produção na camada pré-sal. O Centro de Pesquisa da Petrobras (Cenpes), aqui dentro, está sendo ampliado. Temos uma interação muito grande com eles e, inclusive, alguns profissionais de lá ministram aulas aqui.

Existe a possibilidade de um aluno de ensino médio conhecer o curso? (Carmen Tosta)LEIRAS: Há uma atividade institucional chamada Conhecendo a UFRJ, que acontece no meio do ano, aberta às escolas. São dois ou três dias com várias palestras com estandes demonstrativos dos cursos. Fora isso, vários colégios me procuram para visitar, e tentamos sempre acertar as agendas. Mais informações estão em http://www.petroleo.ufrj.br/ .











Retirado do site do O Globo\ Educação \ Carreira\

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Cada poço do pré-sal custará US$ 100 mi para entrar em produção

Agência Brasil

BRASÍLIA - Cada poço de extração do petróleo na camada pré-sal deverá custar aproximadamente US$ 100 milhões para entrar em produção. A estimativa é do presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, que participou hoje (6) de uma audiência pública na Câmara dos Deputados.


Segundo Gabrielli, esse é o custo de um poço para a perfuração abaixo de dois mil metros, como é o caso do pré-sal. "Primeiro tem que identificar o poço, depois contratar uma sonda, tem que perfurar. Para isso, você utiliza equipamentos, você tem que completar esse poço e depois ele tem que ser preparado para entrar em produção. Isto custa em torno de US$ 100 milhões por poço", explicou.


Para o presidente da Petrobras, a empresa trabalha com uma projeção do barril de petróleo a US$ 45 para que o poço seja econômicamente viável. "Nós trabalhamos num cenários de análise do nosso portfólio de investimentos que ele tem que ser viável se o preço do barril for 45 dólares. Não estou dizendo que o preço será US$ 45, nem estou dizendo que o custo é esse. Nós estamos analisando o nosso portfólio de projetos para ver se ele gera suficientes recursos a partir de 45 dólares", disse. No Campo de Tupi, segundo Gabrielli, o projeto piloto aponta para uma rentabilidade de produção com o preço do barril entre US$ 40 e US$ 45.


Gabrielli também afirmou que o mapeamento dos poços e a sua produtividade é que irão revelar a sua viabilidade econômica por meio do valor de produção de cada barril. "O mapeamento é uma parte fundamental para analisar a produtividade. Ele identifica onde, e depois de saber onde você define uma curva de produção. Definida essa curva, você define o quanto tem que se investir. Ao saber quanto será investido, se faz o fluxo de investimento e chega ao preço do barril", disse.

19:54 - 06/10/2009