quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Petrobras planeja venda de ativos no Golfo do México



A Petrobras está perto de vender a maioria de seus ativos no Golfo do México, no valor de até US$ 6 bilhões, para reduzir a dívida, afirmou a presidente da empresa estatal ao jornal Financial Times.
Maria das Graças Foster, informou que as negociações para a venda dos ativos no Golfo do México se focam agora em três potenciais compradores. Os acordos podem ser fechados no começo do ano que vem. "Nós estamos muito próximos de fechar o acordo", comentou Graça Foster, que tem insistido em amplos cortes de gastos na estatal desde que assumiu o comando, em janeiro.
Segundo a presidente, a empresa espera completar a venda no início do próximo ano por até US$ 6 bilhões, dos oito bilhões de dólares de ativos em exploração da Petrobras no Golfo do México, como parte de um programa de corte de custos. A empresa espera arrecadar até US$ 14,5 bilhões com a venda de ativos.
Embora não tenha citado quem são os possíveis compradores, a imprensa menciona como potenciais interessadas as empresas Shell, Exxon, Chevron e BP.
Os recursos levantados com essas vendas devem ser direcionados para o desenvolvimento das reservas de petróleo offshore no Brasil, que já devem consumir boa parte dos US$ 236,5 bilhões em investimentos previstos pela companhia para os próximos quatro anos. Além disso, o dinheiro deve suavizar preocupações com o desempenho da estatal, que teve prejuízo no segundo trimestre deste ano, no primeiro resultado negativo em 13 anos.
De acordo com o FT, os lucros da Petrobras também estão sendo pressionados pelo aumento nos custos operacionais, em função das rígidas exigências de componentes locais nas plataformas e navios. Outro fator é o controle que o governo exerce sobre os preços dos combustíveis. Embora tenha conseguido aumentar um pouco os preços da gasolina e do diesel vendidos às refinarias em junho, a petroleira ainda precisa importar petróleo para atender à demanda doméstica.
"A convergência dos preços locais e internacionais é extremamente importante, ainda mais quando se considera o tamanho dos nossos investimentos", comentou Graça Foster na entrevista ao FT.
Com informações da Agência Estado

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