A
Petrobras recebeu sinal verde do Conselho Administrativo de Defesa
Econômica (Cade) para se tornar detentora de 100% da Termoaçu,
usina termelétrica instalada no município de Alto dos Rodrigues
(RN), com potência instalada de 367,9 megawatts (MW) de energia.
Júnior
Santos
Termelétrica
Termoaçu: O grupo Neoenergia detinha 23,13 por cento de participação
na usina potiguar
A
Companhia pediu autorização para comprar os 23,13% de participação
restantes – sob controle do grupo Neoenergia – em junho deste ano
por entender que a consolidação do controle se tratava de “uma
oportunidade de aumentar sua capacidade de geração, aumentando a
eficiência e a confiabilidade do seu parque gerador”. O pedido foi
aceito pelo Cade no último dia 1º. A autorização foi publicada
ontem no Diário Oficial da União.
O
Conselho, que é vinculado ao Ministério da Justiça e analisa
fusões e incorporações de empresas, aprovou o pedido da Petrobras
‘sem restrições’. A autarquia é responsável por vetar toda e
qualquer operação que ameace a livre concorrência no país.
Segundo
despacho assinado pelo superintendente-geral substituto do Cade,
Eduardo Frade Rodrigues, o Conselho entendeu que a operação não
acarretaria alterações no ambiente concorrencial, já que mesmo
antes de anunciar o interesse em se tornar detentora da usina, a
Petrobras já possuía o controle da Termoaçu.
A TRIBUNA
DO NORTE procurou a Petrobras e o grupo Neoenergia, por meio das
respectivas assessorias de imprensa, mas as duas companhias não
enviaram posicionamento nem disponibilizaram porta-voz até o
fechamento da edição.
Usina
A
Neoenergia operava a Usina Termelétrica Termoaçu, em parceria com a
Petrobras, desde setembro de 2008. Segundo informações do site do
grupo, a energia produzida pela Termoaçu tem como destino a
Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba) e a Companhia
Energética do Rio Grande do Norte (Cosern). Já o vapor produzido é
utilizado pela Petrobras para injeção contínua nos poços de
petróleo.
A
Termoaçu foi inaugurada pelo então presidente da República Luiz
Inácio Lula da Silva em 2008. A potência instalada na época girava
em torno de 340 megawatts (MW) de energia.
Apesar da
capacidade, ficou determinado na época que a termelétrica só
entraria em operação para atender aos despachos do operador do
Sistema Elétrico Nacional, no momento em que as hidrelétricas não
fossem capazes de suprir a demanda do país, como ocorreu no último
ano, em função da seca sobretudo no Nordeste. A obra integrou o
Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e representou um
investimento total de R$ 650 milhões.
Fonte: DCI
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