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Mapa Pré - Sal |
As explorações do pré-sal, especialmente na Bacia de Santos
(litoral norte de São Paulo e sul do Estado do Rio de Janeiro), têm
surpreendido a Petrobras. Os primeiros quatro poços do campo gigante de Lula,
por exemplo, estão produzindo 50% a mais do que o previsto - sucessos
exploratórios que têm ofuscado internamente a acentuada queda de produção no
pós-sal da Bacia de Campos (litoral norte do Rio e sul do Espírito Santo).
Em Santos, o índice de sucesso é de 90%, contra os cerca de
30% da média mundial. Apenas os recursos da área da cessão onerosa e o
potencial recuperável dos dois campos do pré-sal (Lula e Sapinhoá) que a
Petrobras declarou comercialidade à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e
Biocombustíveis (ANP) equivalem a tudo o que a companhia produziu desde sua
fundação, em 1953. São 15,4 bilhões de barris. "Só isso é igual a toda a
produção que a Petrobras já teve, e vocês sabem que não é só isso", disse
o gerente executivo de Exploração e Produção da Petrobras, Carlos Tadeu Fraga.
"Os poços têm tido produtividade melhor do que o inicialmente
esperado."
Os quatro campos de Lula chegaram à meta esperada para seis
poços: 100 mil barris por dia. Hoje, o pré-sal já responde por 5% da produção
de cerca de 2 milhões de barris diários da companhia. A previsão é de que passe
para 31% em 2016 e 50% em 2020. Hoje, o horizonte potencial de reservas da
Petrobras é o dobro de tudo o que já foi produzido: 31,5 bilhões de barris de
óleo equivalente. Mas os números não levam em conta, por exemplo, o campo de
Carcará (Bacia de Santos), ainda não declarado comercial e, portanto, fora das
estimativas oficiais. Sócia da Petrobras, a petroleira Barra Energia crê que
Carcará é, seguramente, um dos maiores reservatórios do pré-sal.
"Posso dizer com segurança que nossa expectativa é que
seja um dos mais significativos do pré-sal", disse o diretor e CEO da
empresa, Em quatro anos, a produção acumulada no pré-sal de Campos e Santos
superou 100 milhões de barris de óleo equivalente. Em 2017, passará a 1 milhão
de barris, conforme os planos da Petrobras. É aproximadamente metade do volume
recuperável do Campo de Garoupa, que produz há 30 anos e está até hoje em
produção.
Dados de produção
Apesar da comemoração com a exploração do pré-sal, em
agosto, a produção de petróleo da companhia voltou aos níveis de janeiro de
2009, de 1,92 milhão de barris de óleo por dia. A Petrobras atribui o recuo no
mês a paradas para manutenção em duas plataformas, parte dos planos da
companhia para recuperar os volumes extraídos.
A Bacia de Campos em 2009 respondia por 86% da produção do
País e hoje tem participação de 80%. Nesse principal centro produtor nacional,
a queda desde janeiro deste ano foi de 200 mil barris/dia, ou cerca de 11% da
produção total. Recuos reincidentes dos últimos tempos preocupam a Agência
Nacional do Petróleo (ANP), que cobrou da empresa novos planos para desenvolver
cerca de 15 campos.
Petrobras confirma
crédito de US$ 1 bi de banco japonês
A Petrobras confirmou nesta segunda-feira ter assinado, na
última sexta-feira (12), em Tóquio, contrato para financiamento de até US$ 1
bilhão com o Japan Bank for International Cooperation - JBIC. O JBIC será
responsável pelo empréstimo de até US$ 600 milhões do total e por prover
garantias parciais aos outros US$ 400 milhões, que serão emprestados pelo The
Bank of Tokyo-Mitsubishi UFJ, Ltd. (BTMU).
O financiamento terá como destino projetos de eficiência
energética, para reduzir a emissão de gases de efeito estufa. Foram escolhidos
a unidade de cogeração de energia e vapor do Complexo Petroquímico do Rio de
Janeiro (Comperj) e o programa de redução de queima de gás em tocha da Bacia de
Campos (RJ). Este é o maior financiamento já realizado pelo JBIC na categoria
de eficiência energética e o primeiro financiamento de grande porte contratado
pela Petrobras para esse tipo de projeto. Na mesma data também foi assinado um
Memorando de Entendimento entre essas duas instituições, cujo teor é
estabelecer uma parceria estratégica entre Petrobras e JBIC visando à
identificação de futuras oportunidades de negócio.
HRT, TNK-Brasil e
Petrobras assinam acordo
A HRT Participações em Petróleo anunciou que sua subsidiária
HRT O&G Exploração e Produção de Petróleo Ltda, a Petrobras e a TNK-Brasil
Exploração e Produção de Óleo e Gás Natural firmaram um protocolo de intenções
para a monetização do gás da Bacia do Solimões.
Conforme o fato relevante, o protocolo foi assinado pela
presidente da Petrobras, Graça Foster, pelo presidente da HRT, Marcio Rocha
Mello, e pelo presidente da TNK-Brasil, George Michael Morgan, na presença de
Edison Lobão, ministro das Minas e Energia, e Omar Aziz, governador do Estado
do Amazonas. Ainda de acordo com o comunicado, o objetivo do protocolo é
integrar esforços para avaliar a viabilidade técnica, econômica, ambiental,
financeira, jurídica, regulatória e tributária para a implementação da
monetização do gás natural vinculado às concessões em áreas contíguas ao Campo
de Juruá.
O protocolo prevê a elaboração de um plano de trabalho, em
até 30 dias, que definirá atividades e cronogramas referentes ao projeto. O
protocolo tem prazo de vigência de seis meses, podendo ser prorrogado mediante
aditivo e não acarreta obrigação de firmar negócios futuros. "A união de
esforços e expertise das três companhias, com o apoio do governo do Estado do
Amazonas e do governo federal, representa um passo importante para o
desenvolvimento da indústria de gás natural do Brasil e consolida o avanço da
HRT e da TNK-Brasil na estratégia de monetização de seus ativos na Bacia do
Solimões", comentou, na nota, Marcio Rocha Mello, presidente da HRT. A HRT
é operadora de 21 blocos na Bacia do Solimões, em parceria com a TNK-Brasil,
subsidiária da TNK-BP, que é uma joint venture russa formada entre a BP e o
consórcio AAR.
*Com informações do Estadão Conteúdo