sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Shell tem interesse em todas as áreas da 11ª rodada




A Shell tem interesse em avaliar todos os ativos que vão compor a 11ª Rodada de Licitações de blocos de exploração de petróleo e gás pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), prevista para maio de 2013, bem como a primeira licitação para o pré-sal, anunciada para novembro pelo governo federal. "Não temos ainda a definição de quais vão ser os blocos. Estrategicamente, temos interesse em todos: offshore (no mar), onshore (terrestres), no Nordeste ou na margem equatorial. Vamos esperar a definição (das áreas) e fazer a análise técnica", afirmou o presidente da Shell Brasil, André Araújo, em palestra organizada pela Câmara Britânica de Comércio e Indústria, no Rio. Araújo afirmou que a prioridade da petroleira é ser operadora dos blocos que eventualmente arrematar, mas que não descarta atuar em parceria com outras companhias, como não-operadora. Segundo ele, a Shell considera a possibilidade de fazer alianças ou comprar áreas já em exploração por outras companhias. "A Shell faz a revisão de seu portfólio regularmente. 

Desinvestimos há pouco de alguns ativos, mas olhamos oportunidades frequentemente", disse. Para Araújo, a aquisição de ativos é uma alternativa para o crescimento no Brasil. Isso porque, a despeito de novos leilões, as áreas disponíveis para exploração deverão atingir os piores níveis em 2014. "As áreas estarão muito reduzidas. A outra alternativa é comprar áreas de quem já está produzindo", afirmou. 

O executivo ressaltou que a retomada dos leilões pela ANP vai garantir a manutenção e o crescimento da produção de petróleo e gás no País nos próximos anos. "Mais importante que os leilões do ano que vem é a retomada de leilões regulares", disse. Além de blocos offshore, a Shell tem expectativa sobre os blocos terrestres em que vê potencial de boas reservas de gás de xisto (shale gas) no País. Araújo preferiu não detalhar planos de exploração do gás não-convencional no Brasil. Em 2013, a empresa faz a primeira perfuração onde há potencial de presença de xisto. "Vamos depender dos leilões para ter uma ideia do potencial. Mas a Shell tem liderança nesse mercado e terá interesse em oportunidades", afirmou.

Fonte: R7

Programa de capacitação no setor de petróleo e gás é lançado em São Paulo



SÃO PAULO - A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) e a Universidade de São Paulo (USP) apresentaram nesta quinta-feira (25), na capital paulista, o Programa Núcleo de Apoio à Gestão da Inovação na Cadeia de Petróleo e Gás (Nagi PG). O programa é uma parceria entre as entidades, universidade e empresas para capacitar 400 indústrias paulistas de pequeno e médio porte para atuarem no setor de petróleo e gás.

Ainda este ano o programa será implantado em quatro grandes regiões – São Paulo, Vale do Paraíba, Baixada Santista e Sertãozinho – e, em 2013, em Osasco, Guarulhos, ABC, Campinas, Sorocaba e Piracicaba. O analista de projetos do Departamento de Competitividade e Tecnologia da Fiesp, Egídio Zardo Júnior, explicou que as dez regiões foram escolhidas devido ao seu potencial para o setor e nessas regiões serão montados núcleos com 40 empresas cada um.

“No primeiro momento faremos uma capacitação coletiva, para que elas entendam o que é inovação e onde estão seus recursos. Depois faremos uma assessoria individual com consultores indo até as empresas e as apoiando para que desenvolvam seus projetos de inovação e conheçam os órgãos de fomento para quem vão apresentar os projetos”.

Segundo Zardo, o foco do programa é sensibilizar as empresas para que elas entendam a importância da gestão da inovação, capacitar para que entendam como funciona a inovação no país e, no final, auxiliá-las a elaborar seus projetos. “Nem todas vão chegar ao final do processo, que funcionará como um funil chegando a 80 empresas no prazo de 14 meses. O foco são as empresas no setor de petróleo e gás, mas também estamos incluindo empresas que são de outros setores e que estão pretendendo entrar no setor de petróleo e gás”.

O programa pretende aumentar o controle e a produção local, já que muitos dos insumos utilizados nessa cadeia são importados. “O esforço é para que seja produzido no país tudo o que puder ser produzido. Queremos mapear o que existe de oportunidades nessa cadeia, indicar para essas empresas e ajudá-las a produzir”. Os projetos serão financiados pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O coordenador do Núcleo de Política e Gestão Tecnológica da USP, Ary Plonsky, disse que  a universidade participará com sua experiência de mais de 30 anos em gestão de inovação e capacitação. “Nós temos na nossa universidade um conjunto muito grande de competências técnicas e científica que são relevantes para que as empresas possam inovar. Seremos um facilitador entre as empresas do ramo que têm esse interesse em inovar e o mundo acadêmico tem o conhecimento”.

Plonsky disse que o espaço da universidade propicia que interesses de entidades e agentes diferentes e concorrentes possam convergir para um mesmo objetivo. O professor destacou que há diversas oportunidades com condições muito favoráveis para o setor de petróleo e gás e há investimento muito grande do país nessa área.

“Há um conjunto de competências e conhecimento que se desenvolveu, há fontes de recursos bastante focalizadas nessa área. Há um conjunto de condições. O caminho nunca é perfeito e há obstáculos a serem vencidos e o que queremos é que a vontade de fazer diferente das pequenas e médias empresas prevaleça e nós consigamos fazer o setor ser o que pode ser no estado de São Paulo”.

Fonte: Agência Brasil

UFRJ realiza 7ª Semana de Petróleo e Gás




A semana de Petróleo e Gás da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) será aberta na próxima segunda-feira (29),  com o tema Excelência Tecnológica: Construindo o futuro. O evento que se estende até o dia 1º de novembro, tem como objetivo incentivar a pesquisa acadêmica, ajudar a impulsionar e a construir as carreiras dos futuros profissionais da área.
A 7ª edição abordará a Indústria do Petróleo e Gás como expoente na produção de tecnologias de ponta, que a caracterizam como dinâmica e desafiadora. Com a interação das mais novas técnicas desenvolvidas por diversas engenharias e pelas geociências envolvidas no setor petrolífero, a semana pretende fornecer uma nova perspectiva sobre a indústria, que será responsável pela maior parte do fornecimento da energia mundial.
A programação contará com palestras, cursos, paper contest, exposições de materiais e estandes das maiores empresas petrolíferas do mundo. Um dos destaques será a palestra do diretor-presidente da Radix, Luiz Ruibião. A empresa foi eleita a quarta melhor para se trabalhar na América Latina.
Rubião vai palestrar terça-feira (30), às 9h, com o tema “Empreendedorismo da Indústria de Petróleo: Um exemplo de Sucesso".
As inscrições para a semana podem ser feitas pela internet no site:http://www.spetro.com.br/?spt=inscricoes ou no campus do Fundão (na entrada do bloco D do Centro Tecnológico), das 8h às 16h, exceto sábado (27) e domingo (28). 
O evento, organizado pelo Capítulo de Estudantes SPE (Society of Petroleum Engineers)/UFRJ e pelo curso de Engenharia de Petróleo da UFRJ, será destinado a estudantes, a profissionais e a todos que se interessam pela indústria do petróleo e gás.

Fonte: Agencia Rio

terça-feira, 23 de outubro de 2012

ANP aprova participação da Sinochem em blocos do ES




A Agência Nacional do Petróleo (ANP) aprovou a compra, pela estatal chinesa Sinochem, de uma participação de 10% em cinco blocos de petróleo offshore na Bacia do Espírito Santo pertencentes à francesa Perenco.

 A compra, anunciada em janeiro, foi aprovada pela diretoria da ANP em 3 de outubro, segundo a ata da reunião divulgada nesta segunda-feira no website da agência. A Perenco continua sendo a operadora dos blocos, com uma fatia de 40%. A OGX Petróleo detém os 50% restantes. 

A transação permite que a companhia francesa continue com seu programa de exploração no Brasil, após a Perenco ter desistido de realizar uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). 

Anteriormente, a Sinochem já tinha adquirido uma fatia de 40% no campo Peregrino, que pertence à Statoil, por US$ 3,07 bilhões. As informações são da Dow Jones.

Fonte: R7



Saiu o concurso para a Agência Nacional do Petróleo (ANP), com oferta de 152 vagas para cargos de nível superior, cujos rendimentos iniciais variam de R$9.927,20 a R$10.323,20. As oportunidades são para Brasília, Porto Alegre, Manaus, Salvador, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. As inscrições começam na próxima segunda-feira, dia 29, e vão até 19 de novembro.

Das vagas, 22 são para analista administrativo. Podem concorrer graduados em Arquivologia, Ciências Contábeis, Jornalismo, Administração e nos cursos da área de Tecnologia da Informação. Os rendimentos são de R$9.927,20, já estando incluso o auxílio- alimentação e a gratificação de desempenho correspondente a 80 pontos. Após a primeira avaliação, os ganhos podem chegar a R$10.733,20.

A maior parte das vagas ficou para especialista em regulação de petróleo e derivados, álcool combustível e gás natural. São 115 oportunidades para graduados em qualquer área de formação, Ciências Econômicas, Engenharia (diversas), Química, Biologia, Ciências Biológicas, Oceanografia, Oceanologia e em cursos da área de Tecnologia da Informação. São 108 oportunidades para o Rio de janeiro.

As outras 15 vagas são para especialista em Geologia e Geofísica, que exige formação em Geologia, Engenharia Geológica, Geofísica ou Geologia com especialização em Geofísica, com carga horária mínima de 360 horas.

Para os especialistas, a remuneração inicial é de R$10.323,20 (já contando com o auxílio-alimentação e a gratificação de desempenho, no valor de 80 pontos), podendo chegar a R$11.678,20, depois que o concursado for submetido à avaliação de desempenho.

Anteriormente, o Ministério do Planejamento havia informado à FOLHA DIRIGIDA que os rendimentos seriam de R$10.800 para analista administrativo e de R$11.600 para os especialistas. Passado a primeira avaliação, os valores poderiam chegar a R$12 mil e R$12.960, respectivamente.

As inscrições são aceitas no site do Cespe/UnB, organizador, a partir das 10 horas da próxima segunda-feira, dia 29, prosseguindo até as 23h59 de 19 de novembro. A taxa é de R$80 (analista) e de R$100 (especialistas).

Processo seletivo - As provas objetivas e discursivas do concurso da ANP estão programadas para 13 de janeiro. Com duração de cinco horas, a avaliação será realizada no Rio de Janeiro, Salvador, Belo Horizonte, Porto Alegre, Manaus, São Paulo e no Distrito Federal.

Serão 120 questões objetivas, sendo 50 sobre Conhecimentos Básicos (Português, Inglês, Noções de Informática, Direito Administrativo, Constituição da República Federativa do Brasil, Estrutura da Indústria do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Noções de Estrutura e Regulação da Indústria Petrolífera e Noções de Legislação Ambiental) e 70 sobre Conhecimentos Específicos. Serão aprovados os candidatos que obtiverem, pelo menos, dez pontos em Conhecimentos Básicos, 21 nas disciplinas Especificas e 36 no conjunto da avaliação.

O exame discursivo consistirá em uma redação, de até 30 linhas, e na resolução de duas questões, a serem respondida em até 20 linhas. Cada item valerá dez pontos e versará sobre Conhecimentos Específicos. Observando a reserva de vagas para candidatos com deficiência e respeitados os empates na última colocação, será corrigida a prova discursiva dos aprovados nas provas objetivas e classificados dentro do limite estabelecido para cada cargo/perfil.

A etapa posterior será a avaliação de títulos. Serão aceitos documentos que comprovem especialização, mestrado, doutorado, experiência profissional e aprovação em concurso na área pretendida. Por último, para os cargos de especialista em Geologia e Geofísica do Petróleo e Gás Natural e especialista em Regulação de Petróleo e Derivados, Álcool Combustível, haverá um curso de formação, a ser ministrado no Rio de Janeiro.

Serviço: 


segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Empresa britânica faz combustível a partir de ar e água




Uma pequena empresa britânica anunciou ter desenvolvido uma tecnologia que, na visão de seus entusiastas, poderia ajudar a amenizar de uma só vez a crise energética provocada pelos altos preços do petróleo e o problema do aquecimento global.
Segundo a Air Fuel Synthesis, com sede no norte da Grã-Bretanha, seus cientistas e pesquisadores conseguiram produzir combustível a partir de ar e água. Mais precisamente, a partir de hidrogênio extraído de vapor d'água e gás carbônico - substância que costuma ser responsabilizada pelas mudanças climáticas.
Bom demais para ser verdade?
A novidade atraiu a atenção da imprensa britânica, principalmente depois de ter sido respaldada pela sociedade de engenheiros Institution of Mechanical Engineers, de Londres. "Cientistas transformaram ar em combustível", anunciou o jornal Independent em sua manchete de hoje. Citando especialistas britânicos, o Daily Telegraph classificou a descoberta como "revolucionária". Para o tabloide Daily Mail, ela "promete resolver a crise energética global."

A tecnologia envolvida nesse processo não é inteiramente nova. Ela já vinha sendo pesquisada por laboratórios de diversos países, entre eles o Centro de Tecnologia Industrial Tokushima, no Japão, e o Centro de Estudos de Materiais Freiburg, na Alemanha.
Basicamente, consiste em extrair dióxido de carbono do ar e hidrogênio do vapor d'água (por eletrólise) e, em seguida, combinar as duas substâncias em uma câmera de alta temperatura. O processo produz metanol, que é então processado para virar combustível.


Entusiastas e céticos
Os resultados da Air Fuel Synthesis, porém, chamaram a atenção porque a empresa conseguiu criar um pequeno protótipo de refinaria no qual a produção é feita de forma constante. E, com isso, produziu desde agosto cinco litros de combustível.
Agora, ela está começando a construir uma instalação maior com a intenção de produzir, em dois anos, uma tonelada dessa gasolina por dia. E segundo o diretor da empresa, Peter Harrison, a ideia é erguer, em até 15 anos uma refinaria em escala comercial. "Podemos mudar a economia de um país permitindo que ele produza seu próprio combustível", explicou Harrisson ao Independent o diretor da Air Fuel Synthesis.
Mas nem todos estão tão entusiasmados com a iniciativa. O engenheiro químico e especialista em energia limpa Paul Fennell, do Imperial College London, é um dos céticos. Ele explica que, para levar adiante o processo de produção de combustível a partir de dióxido de carbono e vapor d''água é preciso gastar uma grande quantidade de energia elétrica. "Trata-se de um processo custoso e que não compensa esse gasto de energia", opinou Fennell em entrevista à BBC Brasil.
Para ele, faria mais sentido, do ponto de vista de eficiência energética, usar a energia elétrica diretamente - e apostar no desenvolvimento de outras formas de transporte movidas a eletricidade. "A ideia de desenvolver uma nova técnica para criar combustível líquido à primeira vista é muito atraente porque não exige uma mudança das estruturas e sistemas de transporte usados hoje", afirma Fennel. Mas isso não quer dizer que essa opção seja a mais eficiente nem a mais limpa - afinal, quando o novo combustível é queimado os poluentes voltam para a atmosfera."
Segundo Harrison, o objetivo da empresa por enquanto não é ampliar a eficiência do processo de produção de combustível a partir de dióxido de carbono, mas provar um princípio. "Queremos mostrar que aqui na Grã-Bretanha é possível produzir petróleo a partir de ar", disse. "Esses processos são capazes de funcionar em escala industrial. Mas teremos trabalho para desenvolver as cadeias de suprimento e reduzir os custos", admitiu.

Fonte: BBC Brasil

Estudos geológicos apontam que há petróleo em Pernambuco. Petrobras não decidiu se vai explorar área


Adriana Guarda



Em 2007, consórcio formado por Petrobras e Petrogal (subsidiária da Galp Energia) arrematou três blocos na Bacia Pernambuco-Paraíba, durante o leilão da 9ª rodada de licitação da ANP


“Ele jura de pés juntos que tem petróleo lá”. O comentário do diretor de Exploração e Produção da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Florival Carvalho, é sobre o geólogo pernambucano Mário de Lima Filho. Desde a década de 90, o professor teima na existência de óleo no subsolo marinho de Pernambuco. Estudos geológicos confirmaram as evidências. Agora falta a Petrobras decidir, até março de 2013, se vai perfurar poços na região. Em 2007, consórcio formado por Petrobras e Petrogal (subsidiária da Galp Energia) arrematou três blocos na Bacia Pernambuco-Paraíba, durante o leilão da 9ª rodada de licitação da ANP. As empresas deveriam fazer um investimento mínimo de R$ 7,5 milhões para explorar uma área de 1.713 quilômetros quadrados.

Carvalho diz que as companhias têm prazo de 5 anos (entre março de 2008 e março de 2013) para estudar a área. “Terminada essa primeira fase exploratória, elas precisam decidir se furam poço ou devolvem os blocos à ANP. Se a estratégia for prosseguir terão até março de 2015 para concluir a segunda etapa de exploração”, explica. Procurada pelo JC, a Petrobras se limitou a responder que “o consórcio analisa atualmente os dados obtidos com a aquisição sísmica. Apenas após essa etapa e a partir da análise dos dados adquiridos decidirá pela perfuração ou não de poços nos blocos. Vale ressaltar que a perfuração de poços, caso se justifique, só ocorrerá após o ano de 2014”, informa, por meio de sua assessoria de comunicação.

No mercado, os palpites são que a Petrobras e a Petrogal vão furar poço na bacia. “A Petrobras precisa estar na dianteira da exploração no País. E como se trata de uma nova fronteira do petróleo existe um interesse da estatal em desbravar”, aposta o doutor em geologia sedimentar da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Antonio Barbosa. Assessor da ANP e doutor em geologia pela UFPE, Mário Filho também acredita na continuidade da exploração na bacia. “Acredito que a sugestão da equipe técnica será para furar. A ponderação poderá ser financeira porque a Petrobras vem redimensionando investimentos.”

O pesquisador diz que o custo de perfuração de um poço médio está em torno de US$ 62 milhões, enquanto na área do pré-sal esse valor triplica, em função da complexidade das águas ultraprofundas. Em Pernambuco, as perfurações não exigiriam a profundidade do pré-sal porque a expectativa é que existam reservatórios de óleo acima da camada de sal. “Os estudos sísmicos apontam que os prováveis reservatórios estariam no Litoral Sul do Estado, o que seria excelente num cenário onde estão em construção uma refinaria, um complexo petroquímico e navios petroleiros em Suape”, destaca. Nos anos 80, a Petrobras chegou a perfurar três poços na costa do Estado (Itamaracá, Jaboatão e Ipojuca), mas não encontrou óleo. Durante décadas a região esteve fora dos planos da petrolífera, mas voltou à mira graças a pesquisas na área.



sábado, 20 de outubro de 2012

Sem reajuste da gasolina, Petrobrás corta até R$ 15 bi em custos




RIO - Um programa emergencial com o objetivo de economizar por ano, a partir de 2013, algo entre R$ 5 bilhões e R$ 15 bilhões foi anunciado ontem ao quadro funcional da Petrobrás pela presidente Graça Foster. Análises internas indicam que houve no ano passado o gasto de R$ 63 bilhões em atividades que poderão vir a sofrer cortes.

Em curso desde junho passado, o Programa de Otimização de Custos Operacionais (Procop)começará a ser aplicado em janeiro. Será uma tentativa de a companhia petrolífera equilibrar as finanças, já que os pedidos feitos ao governo Dilma Rousseff para aumentar o preço dos combustível não serão atendidos tão cedo, segundo Graça. O governo é o principal controlador da Petrobrás.

A fala da presidente foi realizada em auditório, diante de plateia formada por diretores, gerentes e presidentes de subsidiárias, como Transpetro, BR Distribuidora e Petrobrás Biocombustíveis. O sistema interno transmitiu a explanação da presidente em todas as unidades da petroleira. A meta foi disseminar entre os empregados a necessidade urgente de reduzir os gastos.

A prioridade dos cortes acontecerá na Diretoria de Exploração & Produção (E&P), mas também serão atingidas as diretorias de Abastecimento e de Gás e Energia. As diretrizes do Procop a partir de 2013 deverão ser divulgadas até dezembro, segundo a Petrobrás.

O foco da redução de despesas na área de E&P será o segmento de produção de óleo e gás, por meio da redução do consumo de insumos em plataformas e campos; da otimização de recursos empregados na operação e manutenção de plataformas, poços e instalações; e do aprimoramento dos recursos de logística.

Refino

Na Diretoria de Abastecimento, será afetada a área de refino e logística, com a busca do nivelamento da produtividade das refinarias, redução de estoques e menos gastos de manutenção e operação de oleodutos, terminais e navios.
As medidas para a contenção de despesas na Diretoria de Gás e Energia serão a redução do custo operacional dos gasodutos e do consumo de insumos em termelétricas e plantas de fertilizantes, onde também será buscado o gasto mais criterioso dos recursos a elas destinados.

A companhia informou que os R$ 63 bilhões mapeados são de custos fixos, chamados de "gerenciáveis" na nota distribuída. O valor exclui os gastos variáveis, como compras de matéria-prima e derivados, por exemplo. A quantia está dentro dos R$ 199 bilhões empregados em despesas operacionais pela Petrobrás em 2011.

A reação dos especialistas em petróleo de corretoras foi favorável em um primeiro momento, embora tenham considerado o pronunciamento de Graça pouco preciso.

"Acho que esse é um passo até certo ponto esperado nesta nova gestão. Já vinha sendo esperado, demorou a acontecer. A fala da presidente não foi muito esclarecedora, mas há muito setores na empresa em que podem acontecer cortes. Em uma empresa que registrou agora um prejuízo inédito em dez anos é natural que haja um programa de redução de custos", afirmou Ricardo Corrêa (Ativa Corretora), referindo-se ao prejuízo recorde de R$ 1,3 bilhão no segundo trimestre deste ano.

Fonte: MSN

SC ganha prioridades para buscar espaço na cadeia de óleo e gás




As empresas de base tecnológica e os estaleiros para construção de barcos de apoio e reparo naval são os negócios da cadeia de óleo e gás mais atrativos para Santa Catarina no curto prazo. Por outro lado, a instalação de um terminal de regaseificação de gás natural liquefeito (GNL) é estratégica para o Estado devido à repercussão em outros segmentos, ao eliminar gargalos referentes à matéria-prima de áreas como a petroquímica e fertilizantes, que podem usar fontes permanentes de suprimento de gás natural. Estas são algumas das recomendações do estudo da Federação das Indústrias (FIESC) que avalia as oportunidades de investimento na cadeia de óleo e gás em Santa Catarina. O trabalho, realizado pela Organização Nacional da Indústria do Petróleo (ONIP), ressalta ainda que o terminal de GNL é importante para a segurança no abastecimento regional para termelétricas e outros usos industriais. Os presidentes da FIESC, Glauco José Côrte, e da ONIP, Eloy Fernandes, entregaram o trabalho ao senador Casildo Maldaner, durante a reunião de diretoria da FIESC, realizada nesta sexta-feira (19). 

Aplicando em estaleiros para base de apoio e reparo naval, em empresas de base tecnológica e alavancando a indústria de regaseificação também traremos para a região a indústria petroquímica e de fertilizantes", resume o coordenador do estudo, Luís Fernando Mendonça. O levantamento avaliou a cadeia de fornecedores de bens e serviços, inclusive pequenas e médias empresas. "Ele passa a ser um documento orientador aos esforços catarinenses para participar do crescimento dos negócios no setor", diz o diretor de relações industriais e institucionais da FIESC, Henry Quaresma.

Entre 2012 e 2016 os investimentos na cadeia totalizarão US$ 286 bilhões no Brasil, dos quais US$ 226 bilhões estão previstos pela Petrobras, mostra a pesquisa. Nesta carteira de aplicações, parcela substancial será destinada a novos projetos, o que refletirá na demanda por equipamentos e serviços, sobretudo de origem nacional, em decorrência de a política governamental exigir índices de conteúdo local crescentes nos empreendimentos do setor, o que fará do setor de petróleo um instrumento essencial para a economia brasileira.

O trabalho destaca que a estruturação de um polo naval especializado na atividade de construção e reparo de barcos de apoio seria uma ação de integração das potencialidades já existentes em Santa Catarina, especificamente na região de Itajaí. "Os quatro estaleiros ali presentes, o crescente número de barcos de apoio por eles construídos, a chegada do P2 Brasil Estaleiro, a mão de obra especializada disponível, somados à cadeia de fornecedores de navipeças (bens e serviços) instalada e as condições geográficas (águas abrigadas, bom calado e leito não rochoso) do Rio Itajaí-Açu corroboram na viabilização de um futuro polo de reparo naval", destaca o documento. "Nós identificamos que serão mais de 500 barcos nos próximos cinco anos de operação do plano da Petrobras e nisso a indústria de Santa Catarina é forte. Quando se implanta o estaleiro, também é necessário o reparo naval, uma atividade muito especializada que requer profissionais de alta capacidade, qualidade e produtividade", diz Mendonça.

Considerando a vocação catarinense para o desenvolvimento de empresas de base tecnológica e o elevado número de incubadoras e parques tecnológicos, o trabalho sugere a busca das tecnologias desenvolvidas nos projetos de pesquisa das operadoras de petróleo como estratégica. Isso permitiria fortalecer o posicionamento do Estado como supridor de produtos, processos e serviços com elevado valor tecnológico para o setor de óleo e gás.

O estudo ainda alerta que a instalação de um terminal de GNL em Santa Catarina, embora estratégica, é uma operação complexa, tanto do ponto de vista técnico quanto político e que a sua viabilização está condicionada a uma articulação entre os Estados do Sul com São Paulo e Mato Grosso do Sul. "Ao viabilizar a indústria de fertilizantes e a petroquímica, a maior oferta de gás com o terminal permite a conversão química desse insumo em produtos de maior valor agregado, trazendo para o Estado importantes oportunidades de desenvolvimento", diz Mendonça.

Para cada uma das oportunidades, foram avaliadas questões de negócio e econômicas, em nível macro, com o objetivo de identificar as melhores oportunidades para aprofundamento em termos de recursos necessários e benefícios esperados. No aspecto de negócio, foram avaliadas questões ligadas à capilaridade do investimento, importância estratégica de longo prazo, facilidade de articulação, complexidade de execução e retorno para a sociedade. No aspecto econômico, por sua vez, foram avaliadas as questões ligadas à estimativa inicial de investimento, retorno sobre investimento, geração de emprego, arrecadação de impostos e fontes de financiamento.

Fonte: FIESC

terça-feira, 16 de outubro de 2012

HRT firma protocolo com Petrobras para viabilizar gás do AM




A HRT e a sua parceira TNK-Brasil informaram nesta segunda-feira que firmaram protocolo de intenções com a Petrobras para monetização do gás encontrado pelas companhias na bacia do Solimões, no Amazonas.

O objetivo da parceria é "integrar esforços para avaliar a viabilidade técnica, econômica, ambiental, financeira, jurídica, regulatória e tributária para a implementação da monetização do gás natural vinculado às concessões em áreas contíguas ao Campo de Juruá", disse a HRT em fato relevante. Segundo a companhia, um plano de trabalho será elaborado em até 30 dias. Esse plano definirá as atividades e cronogramas referentes ao projeto.

O protocolo, assinado pelos presidentes da Petrobras, Maria das Graças Foster; da HRT, Marcio Mello, e da TNK-Brasil, George Michael Morgan, tem prazo de vigência de 6 meses, podendo ser prorrogado mediante aditivo, e não acarreta obrigação de firmar negócios futuros, segundo as companhias.

Na manhã desta segunda-feira, antes de enviar o fato relevante ao mercado, a HRT havia informado em comunicado que vinha conversando com algumas empresas, incluindo a Petrobras, sobre a viabilidade da monetização do gás natural da bacia do Solimões. Com a confirmação da notícia as ações da HRT aceleraram a alta a 9,42% às 14h57.

A petroleira brasileira tem realizado várias descobertas de gás na região, mas ainda precisa de maneiras de escoar a produção. Uma dificuldade é a grande distância da produção dos centros consumidores. A Petrobras já possui infraestrutura para transportar a produção de Urucu, também no Amazonas e poderia compartilhar gasodutos com a HRT.

A HRT havia dito anteriormente que sua meta é ter definida uma estratégia para monetização do gás natural da Bacia do Solimões até o fim de 2013. Executivos da HRT e da sua sócia anglo-russa TNK-BP reavaliaram a bacia do Solimões e decidiram diminuir temporariamente o número de sondas de exploração em operação de quatro para duas.

Fonte: Reuters News

EXPLORAÇÃO MOSTRA QUE PRÉ-SAL PRODUZ MAIS QUE O PREVISTO

Mapa Pré - Sal



As explorações do pré-sal, especialmente na Bacia de Santos (litoral norte de São Paulo e sul do Estado do Rio de Janeiro), têm surpreendido a Petrobras. Os primeiros quatro poços do campo gigante de Lula, por exemplo, estão produzindo 50% a mais do que o previsto - sucessos exploratórios que têm ofuscado internamente a acentuada queda de produção no pós-sal da Bacia de Campos (litoral norte do Rio e sul do Espírito Santo).

Em Santos, o índice de sucesso é de 90%, contra os cerca de 30% da média mundial. Apenas os recursos da área da cessão onerosa e o potencial recuperável dos dois campos do pré-sal (Lula e Sapinhoá) que a Petrobras declarou comercialidade à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) equivalem a tudo o que a companhia produziu desde sua fundação, em 1953. São 15,4 bilhões de barris. "Só isso é igual a toda a produção que a Petrobras já teve, e vocês sabem que não é só isso", disse o gerente executivo de Exploração e Produção da Petrobras, Carlos Tadeu Fraga. "Os poços têm tido produtividade melhor do que o inicialmente esperado."

Os quatro campos de Lula chegaram à meta esperada para seis poços: 100 mil barris por dia. Hoje, o pré-sal já responde por 5% da produção de cerca de 2 milhões de barris diários da companhia. A previsão é de que passe para 31% em 2016 e 50% em 2020. Hoje, o horizonte potencial de reservas da Petrobras é o dobro de tudo o que já foi produzido: 31,5 bilhões de barris de óleo equivalente. Mas os números não levam em conta, por exemplo, o campo de Carcará (Bacia de Santos), ainda não declarado comercial e, portanto, fora das estimativas oficiais. Sócia da Petrobras, a petroleira Barra Energia crê que Carcará é, seguramente, um dos maiores reservatórios do pré-sal.

"Posso dizer com segurança que nossa expectativa é que seja um dos mais significativos do pré-sal", disse o diretor e CEO da empresa, Em quatro anos, a produção acumulada no pré-sal de Campos e Santos superou 100 milhões de barris de óleo equivalente. Em 2017, passará a 1 milhão de barris, conforme os planos da Petrobras. É aproximadamente metade do volume recuperável do Campo de Garoupa, que produz há 30 anos e está até hoje em produção.

Dados de produção
Apesar da comemoração com a exploração do pré-sal, em agosto, a produção de petróleo da companhia voltou aos níveis de janeiro de 2009, de 1,92 milhão de barris de óleo por dia. A Petrobras atribui o recuo no mês a paradas para manutenção em duas plataformas, parte dos planos da companhia para recuperar os volumes extraídos.

A Bacia de Campos em 2009 respondia por 86% da produção do País e hoje tem participação de 80%. Nesse principal centro produtor nacional, a queda desde janeiro deste ano foi de 200 mil barris/dia, ou cerca de 11% da produção total. Recuos reincidentes dos últimos tempos preocupam a Agência Nacional do Petróleo (ANP), que cobrou da empresa novos planos para desenvolver cerca de 15 campos.

Petrobras confirma crédito de US$ 1 bi de banco japonês
A Petrobras confirmou nesta segunda-feira ter assinado, na última sexta-feira (12), em Tóquio, contrato para financiamento de até US$ 1 bilhão com o Japan Bank for International Cooperation - JBIC. O JBIC será responsável pelo empréstimo de até US$ 600 milhões do total e por prover garantias parciais aos outros US$ 400 milhões, que serão emprestados pelo The Bank of Tokyo-Mitsubishi UFJ, Ltd. (BTMU).

O financiamento terá como destino projetos de eficiência energética, para reduzir a emissão de gases de efeito estufa. Foram escolhidos a unidade de cogeração de energia e vapor do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) e o programa de redução de queima de gás em tocha da Bacia de Campos (RJ). Este é o maior financiamento já realizado pelo JBIC na categoria de eficiência energética e o primeiro financiamento de grande porte contratado pela Petrobras para esse tipo de projeto. Na mesma data também foi assinado um Memorando de Entendimento entre essas duas instituições, cujo teor é estabelecer uma parceria estratégica entre Petrobras e JBIC visando à identificação de futuras oportunidades de negócio.

HRT, TNK-Brasil e Petrobras assinam acordo
A HRT Participações em Petróleo anunciou que sua subsidiária HRT O&G Exploração e Produção de Petróleo Ltda, a Petrobras e a TNK-Brasil Exploração e Produção de Óleo e Gás Natural firmaram um protocolo de intenções para a monetização do gás da Bacia do Solimões.

Conforme o fato relevante, o protocolo foi assinado pela presidente da Petrobras, Graça Foster, pelo presidente da HRT, Marcio Rocha Mello, e pelo presidente da TNK-Brasil, George Michael Morgan, na presença de Edison Lobão, ministro das Minas e Energia, e Omar Aziz, governador do Estado do Amazonas. Ainda de acordo com o comunicado, o objetivo do protocolo é integrar esforços para avaliar a viabilidade técnica, econômica, ambiental, financeira, jurídica, regulatória e tributária para a implementação da monetização do gás natural vinculado às concessões em áreas contíguas ao Campo de Juruá.

O protocolo prevê a elaboração de um plano de trabalho, em até 30 dias, que definirá atividades e cronogramas referentes ao projeto. O protocolo tem prazo de vigência de seis meses, podendo ser prorrogado mediante aditivo e não acarreta obrigação de firmar negócios futuros. "A união de esforços e expertise das três companhias, com o apoio do governo do Estado do Amazonas e do governo federal, representa um passo importante para o desenvolvimento da indústria de gás natural do Brasil e consolida o avanço da HRT e da TNK-Brasil na estratégia de monetização de seus ativos na Bacia do Solimões", comentou, na nota, Marcio Rocha Mello, presidente da HRT. A HRT é operadora de 21 blocos na Bacia do Solimões, em parceria com a TNK-Brasil, subsidiária da TNK-BP, que é uma joint venture russa formada entre a BP e o consórcio AAR.

*Com informações do Estadão Conteúdo

Extração de petróleo terá conteúdo nacional




Pesquisa da PwC Brasil revela que os fornecedores de bens e serviços para a indústria naval, de óleo e gás e operadoras de blocos exploratórios apoiam às exigências de conteúdo local da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) nos empreendimentos de petróleo e gás natural. Entre os entrevistados, 68% são favoráveis ao conteúdo nacional, no entanto, 61% consideram que a regra aumentará em mais de 10% os custos de exploração e desenvolvimento do setor no Brasil.

O sócio da PwC Brasil Marcos Panassol relata que foram entrevistadas, no primeiro semestre deste ano, 30 empresas ligadas ao segmento de petróleo e gás para concretizar o estudo. Ele argumenta que a necessidade de melhorar a competitividade e a capacidade tecnológica da indústria local é um dos fatores que justifica o forte apoio ao conteúdo nacional. A medida, no entanto, deve pressionar os custos de exploração, prejudicando a atratividade para investimentos estrangeiros. Quase 27% dos entrevistados preveem elevação de gastos em até 10%, e 61% acima desse valor, o que significa que 88% apontam aumento de custos com a exigência do conteúdo local. Menos de 4% acreditam em redução de custos.

A pesquisa também mostra que, mesmo com a adesão, 70% dos profissionais sondados consideram que as regras não são claras. Esse mesmo percentual aponta que o parque industrial brasileiro não está apto a atender à demanda exigida pelo índice de nacionalização e 90% não identificam capacidade concorrencial nas empresas nacionais.

A sondagem buscou mapear as vantagens da legislação de conteúdo nacional. As principais, na opinião de 19,7% dos entrevistados, são o fortalecimento da indústria e geração de empregos, seguidas da transferência de tecnologia (16,6%), qualificação da mão de obra (13,6%) e economia de divisas (6,8%). “Das cinco principais vantagens apontadas, quatro estão ligadas aos impactos macroeconômicos, como fortalecimento da indústria, geração de empregos e qualificação da mão de obra. A exceção é o item transferência de tecnologia, uma variável microeconômica”, diz Panassol.

Os executivos apontaram ainda algumas desvantagens, como custo final dos projetos (14,2%). Um ponto que divide a opinião dos entrevistados é com relação à capacidade fiscalizadora da ANP: 50% consideram que a agência não tem condições de fiscalizar o cumprimento do coeficiente de nacionalização. Atualmente, segundo dados da agência, são 79 concessionários na área de exploração e produção, sem considerar as subsidiárias, e 20 certificadoras credenciadas, nos estados de Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia. Até o final de 2011, foram emitidos mais de 7 mil certificados de conteúdo local, o que corresponde a US$ 3,2 bilhões em bens e serviços. Panassol acredita que muitas das dificuldades indicadas atualmente pelas empresas do setor serão superadas nos próximos cinco anos.

Fonte: Jornal do Commercio/RS

domingo, 14 de outubro de 2012

Setor de petróleo e gás é versátil




‘Boom’ do segmento aumenta a procura por graduações e cursos

Até 2020, o Prominp (Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural) pretende qualificar mais de 200 mil profissionais para atuar no segmento de petróleo e gás. Esse cenário confirma as promessas que pegaram carona com “boom” do pré-sal. No entanto, ainda gera dúvidas sobre quais são as qualificações necessárias para trabalhar no setor nos próximos cinco anos – prazo estimado por algumas empresas, como a Petrobras, para a ampliação de suas operações.



“Como a exploração petrolífera envolve diversas atividades, desde a extração da matéria-prima até a produção de mais de 200 produtos derivados do petróleo, o leque de especializações na área é grande”, explica Aureo Figueiredo, coordenador adjunto do curso de engenharia de petróleo e gás da Unisanta (Universidade Santa Cecília) da Baixada Santista.



A formação mais absorvida pelo setor é a engenharia de petróleo. Por ser a única graduação específica para o ramo petrolífero, ela capacita o universitário para atuar em todas as etapas do processo produtivo da matéria-prima. Carreiras em logística e outras áreas da engenharia, como civil e elétrica, também apresentam alta demanda.



Segundo Figueiredo, agora é o melhor momento para investir em cursos de graduação e especializações diferentes. Os processos seletivos da Petrobras, por exemplo, admitem profissionais de nível médio ou superior.



“Os cursos técnicos também oferecem capacitações de qualidade. Mas como sua carga horária é menor, o profissional terá um aprendizado direcionado e a remuneração é menor também”, diz o coordenador.



Nova área promissora



Se as expectativas do setor forem cumpridas, como a chegada dos equipamentos às províncias de pré-sal, as perspectivas de trabalho serão maiores em todas as etapas que envolvem a exploração e produção da matéria-prima. Como essa atividade tem um alto grau de complexidade e sua estrutura ainda não está em pleno vapor, a demanda de profissionais somente virá com força nos próximos anos.



Por outro lado, o processamento e a distribuição de petróleo serão atividades saturadas no futuro. Profissionais capacitados atuam há 50 anos na área.

Fonte: Band

Brasil testará técnica proibida para extrair gás




Uma técnica de extração que pode aumentar em mais de seis vezes as reservas de gás natural do País será testada pela primeira vez nos próximos meses, em Minas e na Bahia. Proibido em alguns países europeus e em discussão nos Estados Unidos, o fraturamento hidráulico (fracking, em inglês) é alvo de polêmica por conta da falta de estudos sobre possíveis danos ambientais - a técnica retira o gás a mais de 1,5 mil metros de profundidade.

As principais preocupações referem-se à possível contaminação de lençóis freáticos e a relação com o aumento da incidência de terremotos. Nos EUA, a agência de proteção ambiental (EPA) prometeu realizar um grande estudo, mas ainda não se posicionou sobre o gás de xisto - rocha onde ocorre a extração.

No ano passado, pesquisadores da Duke University, na Pensilvânia, publicaram um artigo na revista Proceedings of the National Academy of Sciences que alertou para o aumento da concentração de metano na água potável em áreas próximas a poços que usam o fracking. Não ficou provado, porém, se há relação direta com a técnica. "Se a contaminação ocorrer nas fontes mais profundas não há nada que se possa fazer para evitar", diz Avner Vengosh, um dos autores do estudo, que também alerta para os produtos químicos usados no processo. Segundo Vengosh, a questão nos EUA é agravada por causa da autonomia dos proprietários de terra, que podem negociar diretamente o arrendamento com as companhias de energia.

No Brasil, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) afirma que a extração terá um acompanhamento melhor. "Esse problema aconteceu nos EUA porque cada Estado fez de um jeito. Estamos aprendendo com os erros deles", diz Olavo Colela, assessor da diretoria da ANP. De acordo com Colela, a técnica será implementada em um primeiro momento em três bacias sedimentares: Vale do Parnaíba (MG), Parecis (MT) e Recôncavo (BA).

Nestas regiões, a expectativa é de que se aumente as reservas de gás natural no País em 208 trilhões de pés cúbicos (TCF) - atualmente, o total é de 32 trilhões de TCF. Segundo a AIE, agência de energia norte-americana, este potencial colocaria o País na 10ª posição na lista de maiores reservas estimadas. Estados Unidos (8.620), China (1.275) e Argentina (774) lideram o ranking. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Agência Estado

sábado, 13 de outubro de 2012

Burocracia trava investimento em pequenas empresas do petróleo




As MPMEs (micro, pequenas e médias empresas) fornecedoras da indústria do petróleo e gás estão morrendo na praia na hora de obter recursos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

Sem experiência ou assessoria contábil ou jurídica, essas empresas muitas vezes demoram até oito meses para concluir o processo, isso quando conseguem.

As MPMEs representam 85% das empresas do setor, segundo um estudo usado pelo próprio banco.

A falta de financiamento leva as empresas a não atingir os objetivos e complica ainda mais o desenvolvimento do setor, principalmente, quanto às exigências de conteúdo local às petrolíferas, segundo especialistas.

"Não adianta avançar sobre o custo de financiamento quando o acesso continua sendo o principal problema das MPMEs", disse o superintendente da Onip (Organização Nacional da Indústria do Petróleo), Bruno Musso.

DÃO MAIS TRABALHO

A direção do BNDES afirmou que tem tomado medidas para auxiliar as MPMEs a obter os recursos, mas que as dificuldades são grandes. Por causa disso, os desembolsos ao setor neste ano não devem alcançar os R$ 700 milhões previstos no início.

"As MPMEs dão mais trabalho, têm menos pessoal, menos conhecimento e levam mais tempo do que o normal para conseguir os financiamentos. Por isso estamos dando um suporte especial", diz Ricardo Cunha da Costa, do departamento da cadeia de petróleo e gás do BNDES.

Musso diz que reconhece a sensibilidade do banco de financiamento com o problema, mas cobrou avanços.

"A burocracia extrapola o BNDES, mas no que diz respeito ao banco também há muitas exigências para conseguir o financiamento."

CADEIA

"É preciso aumentar as facilidades e a quantidade de recursos para as MPMEs porque elas têm importância crucial na cadeia de suprimentos", disse Cristiano Prado, gerente da Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro).

Para ele, só entendendo melhor o setor é que se poderá avançar na questão.

"O crédito precisa chegar para que os fornecedores possam contribuir para cumprir as exigências de conteúdo local do governo em relação às petrolíferas."

Das nove empresas que tiveram financiamento do programa BNDES P&G (de fomento à cadeia de fornecedores da indústria do petróleo e gás) nos últimos 12 meses, sete são consideradas grandes ou média-grandes.

De acordo com dados do banco, elas conseguiram juntas R$ 645,4 milhões para investimentos, enquanto as duas únicas MPMEs conseguiram R$ 55,8 milhões -8,64% do total.

Entre as grandes empresas que conseguiram financiamento, estão Odebrecht Óleo e Gás, Techint, Prysmian, Georadar, Ruhrpumpen, Brasco e Lupatech, essa última com 9,06% de participação acionária do BNDESPar, braço de participações do BNDES.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012




Acordo foi feito no recente Congresso de Geologia, em Santos. A partir de vínculo da faculdade santista com a Advanced Logic Technology (ALT), universitários terão contato com softwares de última geração usados no segmento petrolífero


O recém-terminado Congresso Brasileiro de Geologia, ocorrido pela primeira vez em Santos, trouxe notícias muito positivas para universitários que estão em fase de capacitação para o aquecido mercado de trabalho da área de Mineração e Petróleo.

A Unimonte, única instituição da Baixada Santista que mantém um curso superior de Geologia, além de uma graduação em Engenharia de Petróleo e Gás, firmou uma parceria com a empresa Advanced Logic Technology (ALT), de Luxemburgo, país europeu.

Por meio do convênio, a organização fornecerá softwares integradores de última geração que proporcionam a união de todas as informações geológicas e de perfilagem geofísica obtidas a partir de perfurações exploratórias.

As 40 licenças individuais do programa, chamado de WellCAD, serão instaladas em computadores dos laboratórios de informática da faculdade santista. O sistema permitirá a integração de 24 diferentes tipos de informação e facilitará a sua interpretação, possibilitando a análise em ambientes 3D.

A Unimonte passa a ser a primeira instituição de nível superior a colocar à disposição de seus alunos os softwares desenvolvidos pela ALT, que já estão em operação em empresas de referência no setor, como ExxonMobil, Shell, Chevron, Vale, Rio Tinto e  BHPBilliton.

“O acordo foi ‘costurado’ no penúltimo dia do Congresso Brasileiro de Geologia, e mostra como é importante este tipo de evento para nossa região, que traz pessoas de todo o Brasil e do mundo para tratar de temas ligados ao Petróleo e Mineração”, explica Juarez Fontana, coordenador dos cursos de Geologia e de Engenharia de Petróleo e Gás da Unimonte, responsável pela realização da parceria.
                                              
Ainda segundo Fontana, a utilização do WellCAD permitirá aos estudantes a construção de perfis, secções e blocos diagramas que facilitam a interpretação das feições geológicas. “Além disso, o programa possibilitará também a superposição de inúmeros dados, o cálculo de regressões e equações derivadas no módulo Fórmula Log. Também será possível fazer o cálculo na coluna dos poços do posicionamento georeferenciado, ângulo de inclinação do poço e ângulo de fechamento. Módulos acessórios também permitirão o cálculo de volume, porosidade e permeabilidade das formações penetradas pelo poço”, destaca o coordenador da Unimonte.

Mais informações sobre a empresa ALT e o sistema WellCAD podem ser obtidas no site www.alt.lu.

Fonte: UNIMONTE



A parceria visa fomentar mercado de petróleo e gás

Reunião com o secretário Saumínio Nascimento
O secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec), Saumíneo Nascimento, recebeu , o executivo da Portal Middle, Carlos Guimarães, para uma reunião de negócios. Na oportunidade, o representante da empresa, sediada no Texas (Estados Unidos), trouxe uma proposta de parceria com o Estado de Sergipe, a fim de fomentar o mercado local de petróleo e gás a partir da formação de um núcleo tecnológico que desenvolva ações de capacitação na área.

De acordo com o empresário, a Portal Middle representa no país quatro entidades com mais de 30 anos de atividades na área e já está presente no Porto de Suape, em Salvador (BA). “Nossa ideia em Sergipe é criar um centro de tecnologia, a fim de trazer entidades para o Estado que possam promover a capacitação de mão de obra e de investimentos no setor”, disse Carlos Guimarães ao destacar que isso se dará através de parceria com o Governo do Estado e da formatação de um plano de negócios que possa ser apresentado aos empresários de Houston, no Texas, com planejamento estruturado, nível de investimento, custo operacional e demandas do Estado definidas.

Para a coordenadora executiva da Rede Petrogás em Sergipe, Ana Nunes, o encontro na Sedetec foi de grande importância, pois serviu para demonstrar aos investidores que em Sergipe há possibilidade de parceria para gerar conhecimento no setor. “Essa visita foi um dos frutos da participação do Estado na Rio Oil e Gas, realizada recentemente no Rio de Janeiro, onde tivemos contato com vários grupos internacionais divulgando o potencial de Sergipe na área e a formatação dessa parceria vai promover uma ampliação da capacidade logística local, principalmente na área naval”, ressaltou Ana Nunes que também é gestora de Petróleo, Gás, Energia e Mineração do Sebrae.   

O secretário Saumíneo explica que esta visita é mais uma demonstração de que os investidores internacionais estão com os olhares voltados para Sergipe, pelo seu potencial econômico e seus indicadores sociais. “Temos contatos com empresários italianos que irão implantar um investimento em Aracaju, empresários franceses que irão implantar negócios em Estância, empresários Alemães que estão para definir o município sergipano que irão investir, recebemos visita recente de empreeendedores da Turquia e tivemos contatos com empresários de Israel que também querem investir em Sergipe”, diz.

Além de contar com a participação do secretário-adjunto, Carlos Augusto Guimarães, também estiveram presentes na reunião a diretora Técnica da Sedetec, Sudanês Pereira e o empresário Sandro Tojal, sócio-proprietário da empresa sergipana Sigmarhoh Well Testing Services, que acompanhou o executivo da PortalMiddle em encontro na Sedetec. A Sigmarhoh é uma empresa sergipana que está no mercado há 18 anos e desde o ano de 2005, graças aos estímulos da rede Petrogás, é referência nacional em serviços especializados na área de petróleo.    

Fonte: Ascom Sedetec